segunda-feira, 25 de junho de 2012

Diversidade marca mostra de filmes GLBT em Manaus



Manaus - Por conta da proximidade com o Dia do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), comemorado na próxima quinta-feira (28), a Associação Orquídeas, em parceria com a Coordenação Estadual de DST/aids, promoverá a Mostra Diversidade de Cinema. Serão quatro longas-metragens que abordam o tema por meio de vieses diferentes.
 De acordo com o presidente da Associação Orquídeas e coordenador da mostra, Fabrício Nunes, a ideia teve como motivação o alcance social da arte.
 Na visão dele, o movimento, que se baseia no tripé DST/aids, casamento civil e criminalização da homofobia, também precisava de uma iniciativa que promovesse o debate.
 Com número inicial de mais de 200 obras cinematográficas, a mostra passou por duas ‘peneiras’ até chegar aos filmes que serão exibidos. O curador Peter Pera escolheu 15, que foram posteriormente assistidos em conjunto com Fabrício. “Quase fechamos nessa quantidade, mas como era eu quem estava programando tudo, percebi que se tornaria algo muito cansativo. Seria um dia inteiro de atividades”, resaltou Fabrício.



A programação da Mostra Diversidade de Cinema iniciará na próxima terça-feira (26), com o documentário ‘Dzi Croquettes’ (2010), de Raphael Alvarez e Tatiana Issa. “A escolha se deu por ser um filme brasileiro e por abordar um momento importante de nossa história. Os Dzi Croquettes eram um grupo de performance e dança que, além do bom humor, faziam fortes críticas à política nacional”, argumentou.
No dia seguinte (27), estará em cartaz ‘Os garotos da banda’ (‘The boys in the band’, 1970), de William Friedkin. “Esse foi o primeiro filme assumidamente gay da história. O pioneirismo dele é importante para compararmos com os dias atuais”, disse, ao citar o último — ‘Summer Storm’ (2004), de Marco Kreuzpaintner (sexta, 29) —, como um retrato dessa atualidade.
‘Pecado da Carne’ (‘Einaym Pkuhot’, 2009), de Haim Tabakman (quinta, 28), aborda a atração entre dois judeus ortodoxos em Israel e as limitações com as quais lidam. “Se ainda se fala muito sobre aceitação e tolerância no Brasil, em um lugar como Israel a dificuldade é ainda maior. Lá, o tabu é cultural e religioso”, ponderou.

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